quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

adeus

Aproxima-se vertiginosamente o dia de voltar. Já fiquei contente com esta velocidade, já fiquei triste com a mesma. Tenho vontade de voltar à "gente da minha terra", aos meus confortos ou aos meus desconfortos de sempre. Tenho vontade de ficar pelo frio, a aperfeiçoar a conversa, a explorar o que ainda falta, o que ainda não conheceu o peso do olhar. Sou uma boa arma e quero estar presente na luta contra a dificuldade, que vai crescendo. Sou ainda uma criança a descobrir o mundo e a ver tudo o que ele pode dar. Não percebo se me apetece voltar ou não.
Continuo a afundar-me num oceano de trabalho. Quase sem terra à vista vou ficando com frio. A saúde tropeça e as forças puxam para baixo, a maré contra e o sol desaparece. As mãos cortadas pedem descanso, a cabeça pede encosto e liberdade.
Daqui a uma semana estou na terra de Camões e o que falta não se afigura fácil. O desejo era despedir-me da cidade, do ambiente. Passar pelos sítios uma última vez sabendo que é a última vez que os vejo, cumprimenta-los e agradecer o acolhimento. Não sei se vou conseguir dar este derradeiro abraço, pesa-me sair desta casa sem dar os parabéns ao dono. As últimas imagens de Estugarda vão ser nebulosas. Aquelas que gravei não como papel queimado na retina mas como apenas rotina. As memórias são boas mas o "adeus" indigno.
até já

2 comentários:

Odi disse...

já cheguei e ainda não percebi se me apetece ou nao voltar.
qt ao resto, por muito trabalho que tenhas, por muito que ele te irrite (por isso msmo tb), por muito que o tempo pareça fugir te (acredita que te percebo bem) às vezes mais vale fazer uma pausa. e so o saber que tens essas ultimas recordaçoes da te o alento para continuar mais um bocadinho. oferece te essa hora ou meia hora por dia, pq é uma hora ganha. =D

Anónimo disse...

tentei ligar-te p jantar ontem!
duas vezes!...