sábado, 20 de dezembro de 2008

Está quase

Quando acabar de escrever já vai ser dia 21.

Fechei os olhos: sonhei com Estugarda, com outras mais cidades, outras mais pessoas, outras mais intensidades. Continuo a sonhar, a dar asas a minha imaginação, solto, livre do meu corpo habitual de Portugal. Sem limites, só com o do infinito, onde nada me põe termo e onde não existe termo nem termo para descrever.
Amanhã almoço em casa, é Domingo e que mais esperar? Isto que passou foi um clarão, ontém foi Sábado.
Abro os olhos: acordei, respiro em esforço e o peso do ar no meu corpo atira-me de volta à realidade. Estou cá, tenho uma vida a continuar, a começar. A gravidade sugere-me problemas, os de ontem e outros ainda: aqueles dos cabelos brancos, aqueles das rugas de rir, aqueles que ardiam de chorar, aqueles que queimavam e faziam andar.

Quando vim para cá, muito me acontecia em Portugal. Relações a evoluir, outras a regredir, um (eventual) projecto real, a revisão do carro, o pagamento do IVA, o mestrado no curso, vontade de jogar rugby, um sobrinho a crescer, uns avós a envelhecer. Quando for, amanha, para Portugal vou regressar um pouco ao que deixei pendente, ver a evolução não só das árvores que mudaram mas, principalmente, das pessoas. O desconhecido é assustador, ninguem nega e por isso mesmo tenho um pequeno receio do encontro com certos capítulos. Tudo tem uma imagem na minha cabeça e já poucas delas correspondem à realidade.
Apetece-me correr esse perigo, o da surpresa, e voltar, arriscar!

até já, sim!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Consequência

Na obra Os Maias, Maria Eduarda acusa o Carlos da Maia de não ser consequente: "se unisse aquilo que sente àquilo que faz já me teria beijado.".
Quando li esta obra do Eça, tal passagem ficou-me na memória. Ser uma pessoa consequente, unir, até que mais não seja possível, as minhas convicções e ideais às minhas acções. Ser coerente na vida. Não é certamente de agora este pensamento mas talvez agora seja, de facto, a maior prova nesta meta quotidiana. Passaram quase 3 meses de desafios superados ou falhados, de expectativas preenchidas ou defraudadas. Estabeleci metas a alcançar e agora reparo na falta de humildade que tive, tanto para cima como para baixo, em algumas: ambição a mais ou a menos. Aquando disto tudo, muito mudava no Mundo- EUA, Bombaim- e noutra escala, se calhar mais próxima, em Portugal- o banco, a desonestidade e pequenez. É-me difícil perceber a falta de estima que existe pelas pessoas. Fico desiludido com este cenário, fico com aquele sentimento verde de querer mudar o mundo, fico desiludido por ser só um e por ter consciência dos meus limites. Podia-me empatar e desiludir a mim próprio mas em vez disso... Sou consequente e se nenhuma outra motivação pessoal existir para isto que seja então por patriotismo, para fazer evoluir os meus iguais. Tenho consciência dos meus limites mas em vez de encarar como uma fraqueza, encaro como uma fortaleza: eu tenho alcance! e que melhor educação que o exemplo?
É sabido que, apesar de tudo, sou português de gema. Quero produzir em Portugal (sem ser aqui teimoso) porque confio em mim e na minha coerência, em mim e no meu trabalho, em mim e no meu exemplo. Sei que vai ser bom, que vamos evoluir e vou ser também responsável por isso. É assim que eu vou mudar o mundo.
ate já

domingo, 14 de dezembro de 2008

Tubingen

Como já tinha dito, recusei uma promissora ida, com malta de Erasmus, a Berlim. Um Rundgang (espécie de entrega) na 2ª feira impossibilitou-me de conseguir, finalmente, alimentar a vontade de voltar à cidade dos 2 centros. De 5a a domingo era tempo valioso de mais e apesar de me apetecer, a consciência falou mais alto. Surgiu depois outra oportunidade: Frankfurt. Esta não ia escapar. Partida para a tarde de 6ª feira e chegada na noite de domingo. Não ia mas escapou. Trabalho, estudos e doenças deitaram por terra esta investida a "Mainhattan" (a região é Main e por ser uma cidade insónica e fervorosa ganhou esta alcunha). Sobrava tempo para a faculdade, tempo a mais.. Em desespero de causa e com vontade de conhecer as redondezas, fomos a Tubingen no sábado. Mais uma cidade estudantil. Uma em cada quatro pessoas é estudante e toda a vida circula em tornos destes. Foi um dia bem passado apesar de só termos estado fora 3 ou 4 horas. Chegando, a cidade que se instalou nas margens do Neckar (o mm de Stuttgart) mostra-se inatigivelmente convidativa. Outra vez tudo cuidado, sem pecado. A juntar a isto, as cores dos edifícios, contrastantes com o azul do ceu e o branco da neve. Uma aldeia de um conto de fadas se lhe juntarmos os banhos de Sol e o espelho do rio.
Fomos descobrindo a cidade (o que se revelou um processo rápido, dada a dimensão) até ao castelo, sempre no ponto mais alto. Ainda bem que lá fomos mas ficou a faltar alguma coisa... Talvez Tubingen se enquadrasse, de facto, melhor num conto que no mundo Humano.
Voltar para Estugarda, ir à missa, disfrutar do mercado de Natal e jantar uma Rotwurst. Um café, umas bolachas típicas, um frio, uma conversa, uma palhaçada. Assim se fez sabado: foi bom apesar de não ter sido nas hipotéticas duas metropoles. Já o domingo.. muito refilamos nós na altura de fazer maquetes mas esta deu-me gozo fazer. Pequena, simples... castiça. A ver se o conteúdo agora passa pelo lápis azul dos professores.
Que boa experiência que tem sido mas já me apetecem umas férias em Portugal
um real até já!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Cidades

Estava a conversa em Paris sobre cidades e cidadãos. Vivências da cidade, as pessoas na cidade e a sua postura, a cidade à noite, entre outros temas relacionados. Comparávamos naturalmente Paris e Estugarda: examinávamos as diferenças e as semelhanças.
Cheguei a uma conclusão. Esta cidade onde estou a passar 6 meses da minha vida é uma maquete à escala natural: perfeitinha.
Antes incomodava-me a sujidade. Agora, aqui, incomoda-me a perfeição. Na capital francesa incomodou-me outra vez a falta de cuidado, outra vez aqui, sinto falta do "cunho pessoal".

Já não sei se prefiro maquetes ou a não tomar banho..
até j, baralhei-me

Paris, mais oui!

Que grande e bom fim de semana.
Mas antes de apanhar o avião tive uma apresentação de um trabalho de grupo de Urbanismo. Fomos o último a apresentar e aproveitamos o tempo que ía sobrando para... escrever uma conclusão. Foi dos trabalhos mais aplaudidos pelos professores e o slide mais elogiado foi precisamente o com menos tempo de vida. ironias..
Descansado, já com menos um peso, fui andando para o aeroporto. De mochila às costas, cheio de vontade apesar de ter ainda uma reminiscência das malditas Portas. Entrei no avião e mal dei por mim já estávamos a aterrar: nem deu para meia hora de sono! Carlos de Gaules: o Império da aviação. Nunca tinha percebido a real escala daquele aeroporto.
Com pressa de ir ter com quem me esperava, apanhei o comboio. Por azar, a meio caminho, mais de meia hora parados. enfim, Paris.. chegado ao centro da cidade outro desafio, o Metro. A confusao de linhas era esmagadora e a abundancia de indicações redutora. Nada que não se resolvesse e, finalemente, passadas duas horas cheguei ao "lar doce lar" do Xico, da Ofélia, da Andreia e da Sofia. Recebido de braços abertos e com sorrisos rasgados fui logo agredido com hambuergers fritos na hora. Foi tão bom alguem cozinhar sem ser eu, foi tao bom ouvir potugues, ouvir as novidades, ouvir e comunicar sem o mínimo esforço e fazer-me entender com facilidade. O Custo de Oportunidade da ida a Paris foi grande mas o saldo é infinitamente positivo. Recarregar baterias mentais e conversar com quem, de facto, tem o máximo prazer na minha presença e para quem não sou só mais um a fazer Erasmus (com tudo de bom que isso também tem).
6a o dia fez-se em turismo (previsível, não?!). Torre Eiffel, Champs-Elysées, Notre Dame, Pompidou, museu do Jean Nouvelle, Passeios mais passeios entre outros passeios. Jantámos juntos e num clássico apostamos maioritariamente na Raquelette ou no Fondue de Queijo. Acompanhado de Vinho da Casa o jantar fez-se com vontade e prazer. Sábado: mais turismo. Apesar de estar cansado, não me cansava daquilo. Sacré-Coeur, uma volta gigante por Paris de bicicleta, um almoço com queijo, mais voltas e passeios e sempre em boa companhia! Nunca faltava conversa: diferenças, semelhanças, anseios e vontades de quem vive longe. Partilhar experiências, rir das desgraças dos outros, fazer os outros rir das as nossas.domingo: já se via o principio do fim da investida à Cidade da Luz. Não se pode dizer que guardei o melhor para o fim, é Paris, mas guardei algo que me é especialemnte querido. Demorei bastante a chegar lá mas agora é uma mais valia para mim. Villa Savoye do arquitecto Charles-Edouard Jeanneret, mais conhecido por Le Corbusier! Foi uma emoção entrar numa das obras mais icónicas da arquitectura modernista. Não se pode dizer que foi ali que começou o que se faz hoje em dia mas foi sem dúvida um empurrao dos mais fortes. Um cuidado extraordinário: desde o gesto grande até ao mais pequeno pormenor, tudo cuidado, detalhado. Não se percebe bem pelas fotografias, quaisquer que sejam, é preciso ir! Para culminar este dia, fui à missa a Notre-Dame. Ver aquele espaço iluminado cheio de fieis, um coro imponente, tudo condizente é esmagador. Ali sentimonos pequeninos mas integrados. Bela sensação. Voltar para casa em Goncour. Ver o benfica a ganhar (que já não via há meses!!!), um excerto do Telejornal da RTPi, as notas soltas do Prof. Marcelo e um jantar pacato fez-se uma bela noite.
Este fim de semana foi um tirar a barriga de misérias de convivios e de piadas secas, de conversas mais sérias ou menos, tirar a barriga de miséria do que se calhar me vai faltando aqui.
muito obrigado Xico, Andreia, Sofia, Odi e Inês.
Next Stop era Berlim mas como tenho entrega de projecto 3a, achei melhor não. Talvez vá a Ulm no sábado.
ate já ;)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Regensburg und Munchen

Correrias, Azares, Sortes, Divertimentos. Está feito um concentrado deste fim-de-semana.
A ideia era partirmos 6ª ao principio da tarde. Esperava-nos um Audi pequeno ou um VW simpático mas em vez disso, chegados ao stand, a senhora sorriu-nos com a chave de um Mercedes! Esfregámos as mãos de contentes mas na altura de passar o cartão de crédito... nem o do André, nem o meu, nem o de ninguem. "Temos pena, vamos de comboio!" De saco-cama as costas, fomos a correr para a Hauptbahnhof. Entre averiguações de bilhetes mais baratos e sprints até a linha 37 aidna deu para comprar um par de cervejinhas e um farnel. No instante que pusemos os pés dentro do comboio, este arrancou. Descansados, acomodámo-nos e fomos apreciando uma boa conversa. Fizemos escala em Ulm. Mais um record de velocidade batido, outro regional a nossa espera para partir.
Já passava das 21h quando finalemnte respiramos o ambiente de Regensburg. Revelava-se à partida uma cidade, para alem de pequena e fria, quente do movimento e jovem de idade. Existe aqui um grande pólo universitário e como tal o que não falta é animação. Entre jantar (uma pizza c 43 cm de diametro e boa, respect), dar umas voltas e ver mais uns quantos bares fez-se tarde e o dia seguinte mostrava-se prometedor. Dormimos em casa do Eric, um ex-colega do André, que não hesitou em nos dar guarida com uma grande alegria.
Sabado, 10h da manha, o despertador tocava. Era o sinal para sairmos: o destino apetecido aproximava-se mas era preciso energia! Depois de mais uma viagem de comboio (1h30m) e depois de um recarregar de baterias (Burger King) agarramos o desafio: conhecer Munique de dia. restavam-nos 4 horas de luz e aqui treinamos a maratona. Não houve tempo para perdedores e como campeões que somos, não parámos. Foi duro mas valeu a pena. Munique com o seu estilo sóbrio e descansado não hesita em oferecer calor em cada esquina: igrejas, mercados de natal, cafés típicos, lojas, restaurantes, multidões.

O jantar estava combinado para o Hofbräuhaus, o mais típico bávaro. Brezel, salsicha, cerveja, musica, mesas e bancos, animação. Tudo tradicional da Baviera, qualidade garantida e verificada. Senti o espírito alemão, mais uma vez, e mais uma vez fiquei impressionado com a quantidade de cerveja consumida aqui. Senti-me um menino ao lado das senhoras de 65 anos.
Tenho pena que as fotografias não tenham mais dimensões: a música enchia o ambiente, o cheiro da mostarda alegrava, o espaço gigante de repente era pequenino para tantas pessoas. Depois da festa que foi esta refeição, seguimos para o HardRock (obrigatório) e para tudo o que se afigurava fundamental. Foi uma noite onde não faltaram gargalhadas, não faltaram palavras nem conversa, não faltou animação. Chegava, enfim, a hora de voltar. O primeiro comboio acenava com pressa. De repente, Munique já se tinha mostrado e estava na hora de voltar.
Regensburg, domingo 12h do dia. O ruído do telemovel incomodou mas arrancou-nos do saco-cama e mandou-nos para a cidade! Como descrevia acima, o burgo dava-se a conhecer acolhedor. De fácil leitura, solarengo, foi-se evidenciando e não escondeu encantos! É das primeira cidades a aparecer na rota do Danubio e é ali que está a ponte existente mais antiga sobre o mesmo. Esta pequena cidade foi uma das capitais do Imperio Romano mas as ligações não se esgotam. O Cardeal Ratzinger, tambem conhecido por Pápa Bento XVI hoje em dia, é original daqui. Quando este assumiu a orientação da igreja Católica, seu irmão, tambem conhecido por Cardeal Ratzinger, assumiu responsabilidades pela cidade. Uma bela tradição familiar..No fim do dia, mais uma vez, comboio. A previsão de chegada a casa, em Estugarda, era pelas 22h não fosse a ligação em Nurnberg ter falhado. Um pequeno atraso por uma pequena disfunção de funcionamento da empresa infernizou centenas de viagens a casa. Não assim tão grave mas muito incómodo. Mais incómodo que isto é quando se vai refilar e quando se obtem respostas de infima flexibilidade e de maxima arrogancia. Regras são regras.
Fica aqui não só o concentrado mas tambem o resumo deste grande fim de semana.
Next stop: Paris!!

até já, "viajante"

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

"reina a desconfiaça"

reina a desconfiança. nos últimos tempos aconteceram coisas estranhas aqui na residência. "Aposto que foi o Dr. Mostarda com o candelabro na sala de jantar" não serve. Agora é real: os jogos e brincadeiras ficam para outra altura. aconteceu algo que veio agitar as nossas pacatas vidas aqui no andar 7 do numero 35, algo que nunca sairá da minha memória: partiu-se o eixo de uma janela!!! e isto quase deu aso a uma reunião de andar... um dos alemães, justificadissimamente indignado com a situação, bateu a porta de todos e quis tirar tudo a limpo.
reina a desconfiança: ninguem se acusou. silêncio de cortar o ambiente, não em dois mas numa tendência para infinito.
sem querer soltei uma afirmação que nos protegia a todos "se calhar não reparou ou foi sem querer". Maldita a hora do meu descuido pois quase sem tempo para respirar ouvi gargalhadas e num tom agressivamente irónico "Isto é de metal, impossível!!". os olhares cruzavam-se como fogo e as acusações voavam dentro de cada cabeça. escasseava oxigénio.
reina a desconfiança: mistério por resolver mas (e digo isto com conhecimento de causa) a janela quando aberta, ainda fecha e o inverso. pode ter sido o vento, alguém que no estado normal de quem ainda não acordou o fez sem se dar conta mas não. Foi certamente alguem...
lol vidas...

mas não acaba por aqui. recuemos até à minha primeira semana nesta nova condição. Com o frio e amplitudes térmica, a probabilidade de simpesmente nos constiparmos aumenta. Numa semana de tomadas de decisões, decidi por bem comprar um saco de laranjas. umas simples, naturais laranjas. Investindo na vitamina C, sentia-m e realizado e consciente. Acontece que não me deliciei com todas as peças da mesma fruta que acabara de comprar. sobrara uma. Apenas voltar a referir que isto foi na primeira semana aqui, já há quase 2 meses. E não é para meu espanto que, depois de tanto tempo, a misteriosa laranja continua saudável? com a mesma consistencia, cor e cheiro.
reina a desconfiança: esta laranja veio do espaço?! vou começar o investimento nos kiwis acho..até ja, o suspeito

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

e por falar em...

Pensava em globalização e em traços característicos. Fazer Erasmus não devia ser viver com os mesmos costumes mas antes adaptar-me à cultura local (e ainda bem que há "cultura local"), aprender a ver o mundo com uns olhos diferentes. Isto está de facto a acontecer: já me baralho a falar ingles, já gosto mais de KurryWurst, já nem tenho tanto frio.. mas há alturas em é preciso voltar.Beber uma água do Luso (num golo só) seguida de uma SuperBock (fresquinha!) foi um momento alto! talvez mudasse só o frio ( "+ 0" como diz o mostrador). fica aqui gravado para a posteridade
até já

Globalização

Viva a globalização. Estou na Alemanha e, num instante, sei tudo o que se passa em Portugal ou na América, por exemplo. Estou na Alemanha e, em poucas horas e por uma fortuna relativamente pequena, ponho-me em qualquer ponto. É certamente uma das maravilhas do novo mundo a velocidade de deslocação de bens, de cultura, de pessoas: chega ser fascinante a sensação de fazer parte desta evolução, de sentir que não se está a deixar ficar nada para trás e que se é um Cidadão, qualquer dia mais que do mundo, do Universo. É, sem dúvida, preenchente. Ninguém questiona o valor deste conceito que nasceu há muito mas vamos acabar todos iguais? Ainda bem que na Europa já há a moeda única, ainda bem que no mundo já existe a língua inglesa mas para onde vamos? Ao deambular por Estugarda, hoje em dia, tropeço mais em Kebaap's e Chinessices que em lojas de Brezel ou Salsichas; ficar só com boas recordações da história é capaz de ser de menos.

Sempre cresci a viver intensamente o espírito do Natal. No início de Dezembro a emoção de montar o presépio e de esperar o St. Nikolaus. Pelo mês a dentro, dia a dia, abrir o Adventskalender e preparar os Spekulatius. Mais em cima da hora, ver a arvore de natal ganhar brilho e cor e por fim, culminar com o festejo e com a Missa do Galo. Certamente que faltam uns passos pelo meio mas certamente tambem, nesta breve descrição, usei mais termos específicos em alemão que noutra língua. A parte germânica da minha familia sempre dedicou algo mais a esta festa, um empenho extra. Na realidade, não sabia a razão mas, no meu imaginario, Natal sempre teve Alemanha à mistura. Não sabia, agora já sei..

Falta mais de um mês para a celebração dos anos de Jesus e em todo o mundo as luzes e os enfeites tradicionais ja devem estar montados, as feiras especiais, os requintes de sempre.. mas aqui, no frio, onde estou, tudo muda. O centro da cidade está irreconhecível, a amplitude característica deu lugar à azafama de passar entre mais barracas e mais efeites típicos. o descanso que era olhar para um espaço continuo foi substituído pelo divertimento que é ver as pessoas chocarem entre si. E nisto já nem referencío que o primeiro posto de lazer da época foi montado ha um mês. Pelo que vi, a tradição mantém-se: uma cultura que não aposta no Pai Natal mantendo-se fiel aos ensinamentos dos seus avós, uma "cultura característica" da terra!
já percebi o fundamento do meu imaginário, vem das raízes, das existentes raízes!

Viva a globalização mas que não se perca o traço típico.
até já, o redondo..

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Seno ou Co-seno

Este vai ser dos compridos.
A última vez que dei notícias foi há uma semana atrás. O que me acontecera ao ombro, o grave que parecera e tudo aí associado. Afinal não fora assim tão grave, afinal já consigo mexer o braço com facilidade apesar de ainda não ter muita força. Ganhei um valente susto e uma belíssima história para contar. Isto digo-o hoje, aliviado, mas na altura não escondo que me senti derrotado. Derrotado pelo "destino", pelo azar. Então, venho fazer um prometedor Erasmus e só me acontecem desventuras?! Má sorte com as disciplinas a princípio, o ombro e agora há mais uns capítulos.. ( já lá vamos). Quando a recuperar do acidente, a motivação decresceu um pouco. Lutava contra este facto mas facto é que nem sempre foi fácil. O André percebeu isto e foi importante: quebrar a rotina e beber umas cervejas a meio da semana, fazer projectos de viagens, etc.
Na minha cabeça era obrigatório gostar, adorar, vibrar com a experiência de Erasmus. Confesso: não fui sincero comigo nem com quem falava, tentava enganar a consciência e quem a rodeasse. Não estava a ser fácil.
À medida que fui ficando melhor, aliviado, a palidez desaparecia. sentia-me rejuvenescido, sem razões para pesos. estava tudo em ordem: umas festas, uns convívios, um projecto na faculdade. apetecia-me, contudo, sair da cidade, falar português com outras pessoas, intelectualizar e ouvir novas histórias. Rapidamente marquei um voo para Paris. esperam-me lá 5 mais que colegas da faculdade com "intrigas" recentes. o fim-de-semana de 4 a 8 de Dezembro ia ser refrescante!! resumindo: a má época tinha passado. a época do "fado" tinha-se ido embora para longe e agora era sempre a subir. ou não..
a meio da semana estava eu na internet e de repente... "verifique se está ligado à rede". desliguei o PC, voltei a ligar PC. mais do mesmo: nada. Indignado com a situação esperei e sempre o resultado menos esperado: vazio. Fui rapidamente ao Hausmeister (o Sr. que trata da residência) e por sorte ainda lá estava. perguntei-lhe o que se passava e sorriu para mim dizendo "ainda n pagaste o mes de Novembro". não percebia porque, era por transferência e automática e eu tinha dinheiro na conta.. vim a perceber depois que não tinha o suficiente: para alem da mensalidade, a instalação da internet, a mensalidade da internet, e o que faltava da 1a prestação. Não explicam, não adivinho. Parece que aqui os funcionários existem para dificultar a vida às pessoas e não para facilitar.. algo que me transcende. já estávamos bem dentro da 2a semana de Novembro e ninguém teve a boa vontade de me avisar. fiquei sem Net, e com uma conta avulsa para pagar. de imediato fui ao banco, depositar dinheiro e fazer o pagamento (sempre com mil papeis pelo caminho) e qual não é o meu espanto quando pouco depois já tinha "ligação à rede". boa!
Nesse mesmo dia fui à lojinha portuguesa comprar vinho tinto e vinho do porto. Tinha-me comprometido para na 6a vindoura oferecer vinho e queijo e um dos residentes da terra ofereceu-se para o jantar. Foi um convívio engraçado. a conversa fluía como uma torneira a principio mas c 2 garrafas de vinho por cima já parecia um rio. com 4 garrafas era uma barragem aberta. foi animado e finalmente consegui mobilizar os introvertidos do meu piso. referência para o indonésio que bebeu2 copos de vinho e retirou-se (na indonésia é proibido qualquer tipo de álcool e tudo aquilo era novo para o rapaz). Para os alemães jantar significa literalmente jantar, não inclui a parte seguinte que é o tradicional "Café" e como tal, em seguida fui ter c o André. Descobrimos uma discoteca à onda Coyote Bar. no meio de mil brindes que ganhamos numa banca (quais portugueses que somos), no meio de danças em cima do balcão com as raparigas do bar, de várias outras aventuras saímos em grande estilo (uma lólózisse descomunal, depois conto a quem quiser) e fomos cada um para seu lado, já era tarde. Legen..dary! ainda não a 100% do braço mas a uns bons 70% a vida sorria.
Sábado fez-se em passeios e convívios e a noite passou-se entre brasileiros. Um deles fez anos e deu uma tradicional festa da cozinha mas qual foi o meu espanto: não foi uma como as outras. Dava efectivamente para estar a conversa a olhar para a outra pessoa a uma distância de segurança, ou seja, havia luz, espaço e a música não estava aos berros. Um sublime sereno serão. Acontece que havia uma pequena palavra, com um grande significado, que não me saía da cabeça: PROJECTO! Dois dias depois tinha entrega e não tinha maquete nem se quer um projecto viável. Esperava-me um domingo de trabalho intensivo e de facto veio-se a verificar. Uma maquete feita em tempo recorde e uns rabiscos de qualidade duvidosa. Tinha que despachar o máximo para na 2ª não me deitar muito tarde pois ainda tinha que testemunhar mais uma épica aula de “Portas”! No aborrecimento que foram então essas 3 horas, a falar do mais óbvio e a discutir o mais impensável, desde idoor, ate ao puxador que permite fazer torradas, soltou-se uma informação perigosa: Workshop obrigatório de 3 a 6 de Dezembro. Isto coincidia com a minha viagem a Paris, a tão importante viagem para a minha sanidade mental. Seguiram-se momentos de irritação, desespero, dúvidas morais, etc. e tal. Que fazer? Ir a Paris e não fazer a disciplina? Perder o dinheiro do voo e fazer a disciplina? Não é fácil e ainda hoje não tenho resposta mas penso que vou a Paris e vou tentar inscrever-me noutra disciplina qualquer, mesmo que menos valiosa, para o prejuízo não ser tão grande. Para os mais cépticos: a vitória é vossa, não aguento intelectualizar sobre portas!
Voltava para casa (ou melhor, para o quarto) frustrado com mais este azar! Porque?! Culpava os anjos, pesava-me a consciência, apetecia-me expelir a raiva e contaminar quem ao meu lado com a vibração da minha garganta. Que me saíssem as veias, que se fosse embora o abatimento, que algo acontecesse, desesperadamente! Pedi ajuda a quem se afigurava lúcido perante esta situação mas sabia que a decisão final era minha. É minha. Vai ser minha.
Isto tudo aconteceu mas lá estava aquele tambor, sempre atrás do ouvido: Projecto! A perspectiva de uma noitada a fazer mais maquetes e mais esquissos de fraca qualidade também não me entusiasmava. O tempo foi passando. O trabalho foi nascendo. Deitei-me pouco antes das 4 da manhã. “noitadas de projecto em erasmus?! Estou doente..”
Na manha seguinte era altura de apresentações. No meio de bastantes projectos lá estava o meu, humilde, consciente de si e do seu reduzido empenho por parte de quem o fizera Mas quando olhava para o lado, rejubilava, saía das cinzas e apresentava-se de peito cheio, confiante. Não se julgava melhor que os outros mas afinal teve mais horas nele investido que os restantes. Contextualizado, o meu projecto foi (e é) claramente dos melhores. Não percebo a falta de sensibilidade dos “nativos” para o tema: eu cheguei a ver aberrações!!!
A apresentação correu pelo melhor. O professor falava a mil e eu com ar de chinês acenava que sim. Os assistentes depois de perceberem que nada tinha percebido remataram com “ele esta a dizer bem. E é muito bom isso!”. Ouvi mais um ou outro elogio por parte dos futuros senhores da arquitectura alemã e com isso ganhei o dia. Vim para casa dormir uma vez que tinha tido umas míseras 3 horas e meia de sono na véspera.
Hoje acordei tarde e a más horas! Tive ortopedista que me deu luz verde para me aventurar no rugby desde q com cuidado mas acho melhor só investir nisto outra vez quando não tiver mais dores!! A ideia era depois do médico fazer um trabalho de grupo mas isso não se veio a realizar. Vim para casa cozinhar, escrever este post gigante e sem fotografias e dizer:

Até já, o sereno relatador

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

"Fazes-me Falta"

Como previsto, 4a fui ao ortopedista. Com a experiência que vários anos de prática lhe conferiram, não se mostrou minimamente sensibilizado pelas minhas expressões de dor. Mexia no meu braço sem se preocupar com a minha reacção, imune. Explicava-me o que eu tinha num alemão erudito e eu, claro, não percebia metade. percebi só que o que tenho não é grave e foi por indução, quando me mandou tirar a protecção (agora só a uso em alturas pontuais: quando durmo ou em situações de risco) e ir p casa fazer uns exercícios físicos simples.

Quando a meio da minha vida, dizia-me a tia rabujenta, sempre sábia, ou a professora delicada ou a familia presente: "muitas vezes só damos valor ao que temos quando não temos". Sempre soube isso mas agora está a ser uma prova irrefutável, talvez a que melhor poderia prestar neste julgamento. Alguem em casa à minha espera, alguma saúde no braço, algum calor humano.. mas podemos viajar até às coisas mais banais: cama feita, roupa lavada, jantar pronto ou...
MAQUINA DE BARBEAR!!!
até já, o intelectual homem das cavernas

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Uma Mão

com este título sugestivo, podia estar a falar de uma ajuda que tive, sentimento de consolação ou alegria. Não.
ontem Stuttgart A teve mais um jogo de rugby contra a veterana equipa de Konstance. Previsoes davam este jogo como o mais equilibrado da epoca (e de facto veio-se a confirmar). o espirito entre a equipa era positivo e respirava-se confiança. Eu ja começava a impor algumas das minhas ideias nos treinos (tipo: ensinar a levantar na touche... so p verem o nível da equipa) e ja se levantavam vozes de "Alvim a capitao" (nd mau p 1 mes de clube). Estava td moralizado, sentia-me invencivel. Contudo, o inicio de encontro agressivo e muito equilibrado desfezse pelos 20mins quando de repente já perdiamos por 20 pontos. chegou A fatidica meia hora de jogo. o instante que há de ficar marcado nesta vida de erasmus. um chuto, como tantos outros. um jogador a apanhar a bola (eu por sinal) como tantos outros. uma mole dinamica, como tantas outras, um derrube, como tantos outros. um CRACK como nenhum. um ficar estendido como nenhum, uma dor aguda.
o fim do dia fez-se no hospital. Entre raiosX, gemidos de dor e o desespero de quem não vê uma boa perspectiva futura estavam 3 jogadores: um nariz partido, uma cabeça desmaiada e o meu incognito ombro. os medicos apertavam, esticavam, rodavam e só desabafavam "não estás simetrico". tensão arterial e psicologica aumentava. Depois de já ter ouvido no campo uma fisioterapeuta muito amiga exclamar que se me afiguravam tempos dificeis (de 6 semanas parado à operação), ainda ouvir mais médicos, a mastigarem chocolate, dizerem que não estava normal foi complicado. o raio X veio clarificar que nenhum osso estava partido. descompressão. "mas 3a feira vai ao ortopedista p ter a certeza, ate la toma esta droga e imobiliza o braço. ele depois dizte o q fazer".
resultado: braço ao peito, faço td c uma mão (estoume a tornar cromo a escrever no pc). experimentem abrir uma lata de atum c uma mão, secar as costas, lavar loiça... 4ª vou as urgencias ortopedicas e ate la fico bem quietinho.
e agora como é q faço maquetes? assim é dificil o entusiasmo..
até já, o "chéché"

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Não Resisti

Só um pequeno apontamento: estava a descer a rua abaixo quando de repente olho para a esquerda e...
finalmente encontrei A loja portuguesa! não resisti dar 2 dedos de conversa à Maria de Jesus. Vem de Abrantes mas já viveu na Parede. Com o marido, já vão largos anos na Alemanha e diz que um inverno moderado nesta terra são -10º.. tem uma lojinha de coisas tradicionais Lusas: principalemnte Vinho mas tambem há Sugus, Super bock (cm dá para ver na fotografia), Cachecol do Benfica, Azeite Galo, a cantar desde 1919 (curiosamente o ano em que a Bauhaus foi fundada) e muito mais.
não resisti, faço-me acompanhar de um Monte Velho enquanto escrevo.
até já, o Bohemio

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Paderborn

+ um jogo de rugby, + uma vitória moral.. desta vez foi só por 58-0. o encontro não teve sentido único, so que os ultimos 20 minutos foram aterradores. joguei o tempo td e 3 dias depois continuo cansado. Os alemães tem um ritual mt engraçado: no fim do jogo, depois de todo o protocolo de apertos de mão, corredores, gritos de honra, etc. os intervenientes dos ultimos 80mins bebem td umas cervejas, previamente trazidas. ora n apetece nd uma cerveja depois de andar a correr almadamente e de se chegar a, de certa maneira, "sofrer". apetece sim 1L de agua normal. outra curiosidade: tambem não existe água normal. só água com gás! por isso, a meio dos jogos, tda a gente da smp uns "soluços" pq se acabou de hidratar. ainda n percebem mt estes..
chguei há pouco de uma excursão com a faculdade a propósito da minha disciplina Portas. Visitámos a sede da empresa Leonardo (design de produtos de vidro). obra do atelier 3Delux. como produto de marketing para a empresa, isto foi brilhante mas como contributo para a arquitectura, foi uma nulidade: termicamente desastroso, interior-exterior nd coerente, estrutura fisica e "aparente" nao coincidiam, implantação triste, etc.. mas não deixa de ser uma coisa bem bonita!! (ACP: fotografia não é minha) depois disto visitámos uma fabrica de td e mais alguma coisa só em madeira e derivados. aqui não aprendi nada, apenas que cheirava mt mal! regressados à base, jantamos todos juntos: alunos de arquitectura de Stuttgart e os alunos de design de Karlsruhe. Fomos ao Pub do sitio com os professores na amena cavaqueira beber umas cervejinhas e dar a respectiva arte a conhecer. no dia seguinte, entao, fomos visitar as fábrica dos puxadores, dos trincos, das chaves das protas. foi interessante mas realmente, já me lembro bem pq escolhi arquitectura em vez de design (não desfazendo;). toda a viagem foi paga por esta empresa, a FSB. só percebi isto a voltar, ao mm tempo que percebi que o trabalho que vamos desenvolver é para de facto ser executado, se for bom. quem sabe, daqui a uns anos, as portas dos hospitais não terão a minha assinatura por baixo.. sim estou a começar a desenvolver uma porta para hospitais. foram 1000km em dois dias. dez horas de viagem com um alemão trombudo e uma russa inatingivelmente chata. apesar disto, valeu o esforço. daqui a 15 dias estamos todos juntos outra vez para desenhar portas!!
preparome para a desforra: preparome para dez horas de sono!
até já

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Já Neva!

a claridade começa pelas 7h e picos e o por-do-sol ja não vai alem das 17h. dez horas de sol que parecem menos dada aquantidade de núvens! bem vi num sit de meteorologia que dia 30 de outubro as temperaturas íam oscilar entre os 2 e os -2 graus aqui. mito pensei.. ms quando acordei e saí da cama uuf, notou-se logo o frio. abri a janela, uu, notou-se logo a neve! a saír de casa não fui parar ao chão por escorregar várias vezes p acaso.. bem dito cabelo a decada 60, bem dita barba a decada de 80 que ainda me aquecem um pouco..
ontem fui com o andré à festa de anos de uma polaca que conhecemos... à saída da missa! não está a fazer erasmus, está a estudar música a tempo inteiro aqui. em conversa, la nos foi contando como e pq estugarda e a dificuldade que foi nos primeiros tempos. observou que os alemães nunca ficam chateados com ninguem. realmente tinha razão ela. e concluiu: para se ficar irritado com alguem é preciso que essa outra pessoa faça, nem que seja num promenor, parte da vida. e como os alemães não se relacionam muito, nunca se chateam. a cordealidade é um traço não de delicadeza mas de personalidade e de cultura.
no domingo a equipa Stuttgart A, da qual eu faço parte (ser "A" é só p motivar, a equipa principal é a Stuttgart 1), vai a Heidelberg jogar, primeiro jogo fora. já não faço comentários nem crio expectativas boas. limitei-me a comprar uma protecção para os dentes..
por fim só deixar uma nota que para uns pode ser desgostosa: ontem comprei um estendal! é uma belissima invenção! não ter que estender roupa nas estantes ou nos cabos de telemovel é um luxo.. e seca tudo muito mais rapidamente!
até já

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Mercedes e Tal

Museu da Daimler-Mercedes-Benz-etc. é uma confusão o nome disto. mas vale imenso a pena o pequeno atrito. uma visão global da história da marca: desde o 1o motor, passando pelo + rapido, mais económico, mais fashion. O conceito da arquitectura do museu é inspirada no Guggenheim NY. é uma espiral com um vaziu central fora de serie. O arquitecto: Ben van Berkel, do atelier holandes UN Studio. é uma tarde (ou, p os que não são só adeptos mas sócios da arquitectura ou engenharia, um dia!) bem passada. e sim, as fotografias são minhas, não são da net..
Já tenho as minhas disciplinas resolvidas! finalemnte.. acabei por ficar com Betão, com Portas, c Urbanismo para alem de Projecto. Já tenho uma excursão, a proposito das Portas, para 2a e 3a que vem a uma terra longe daqui. Estou curioso.. tenho outra excursão marcada p daqui a mes a Berlim, a proposito de Projecto, para analisar outras embaixadas. De resto hj tive aula de Betão... estava mm quentinho e eu estava cheio de sono! Continuo a investigar Estugarda atentamente. agora os meus passeios já não passam obrigatoriamente pelo centro. já me aventuro por solos distantes e se houver algum problema.. há sempre um autocarro! vou dando notícias, até já

Gente da Minha Terra

"sempre que se ouve um gemido numa guitarra a cantar, fica-se logo perdido com vontade de chorar."
mudei a discografia do meu ipod. não falta fado, não falta mariza. Ao passear-me pela cidade, a descobrir mais cantos e encantos, oiço esta voz que me enche de Portugal. Aqui, nesta terra onde a maxima já nao excede os nove graus e vai abaixo dos zero, é um raio quente, que me aquece o peito e não me faz esquecer. Tempos de distância não são tempos de fuga. Antes, oportunidades de trabalhar as relações de maneira diferente, usando, entre outros, mais um instrumento: a saudade. Dia a dia trabalho-as, mesmo que a outra pessoa não saiba, investindo parte do meu tempo ou até quando estou ocupado. trabalho-as agora sozinho. pode parecer estranho mas uma ligação precisa de empenho individual. Não é o saudosismo mas valorização do que se construiu, com mais alguem. O despreendimento não me faz sentido (tal como viver agarrado obviamente tambem não) mas não é a noção do retorno que me faz continuar a insistir em estar, de alguma maneira, presente. É sim a interiorização da importancia que ja assumiram na minha vida. Claramente que o traço mais vincado alemão que conservo é o fisico. evidentemente (para quem me conhece é obvio), o traço portugues que mais conservo é o da emoção.
Fica o link para se encantarem, como eu encantei.
até já, portugues europeu

http://www.youtube.com/watch?v=TeOhPR_0x8E

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Mitos e Verdades

Venho por este meio desfazer alguns mitos que se criaram ao longo dos tempos em relaçao as germanicos e enunciar algumas verdades (relativas) sobre os mesmos.
- a claudia schiffer não é a alemã mais bonita de todas
- não existe só cerveja boa, tambem existe terrível..
- conseguem estar a beber pelas 10 da amnha
- não é uma população antipatica. são muito prestáveis e ajudam em tudo. são apenas um pouco reservados.
- não se vendem salsichas em todas as esquinas, vedem-se sim Brezels
- não são o cúmulo da eficiencia. mil papeis, avioes atrasados, sistemas q não funcionam..
- não são todos loiros de olhoz azuis (já houve cruzamentos com turcos e asiaticos)
- há uma taxa de obesos muito grande
- não existem so Mercedes e Porsches e Audis e BMW na rua, apesar de passarem muitos
- adoram ter penteados ridiculos (alguns parecem algodao doce às cores, outros parecem ervas daninhas, etc.)
- tambem, esporadicamente, há dias de sol, apesar de nunca se ultrapassarem os 20º
- sim, normalemnte está um frio de rachar
- adoram musica electronica pesadissima e não sabem dancar outra coisa. tudo que seja musica alternativa a esta é p turistas.
- fazem bons filmes. não conheço muitos mas os que conheço parecem bons

se me lembrar de mais vou acrescentando. quem tiver duvidas medos ou ansiedades, eu posso responder ou desfazer. por aqui vai tudo direito. já so me falta escolher uma disciplina.. e já tenho trabalhos para fazer! deixo umas poucas imagens do centro da cidade. em breve falo mais.
até ja

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Vai começar

mais uma vez, cá estou. passou algum tempo desde o ultimo post mas agora estou aqui para vos relatar o que se tem passado!
durante a semana, como tem sido normal, vou a faculdade quase todos os dias. tenho que escolher mais 2 ou 3 disciplinas (entre +/- 99). está se a revelar um bocado dificil pois, exluindo à partida aquelas que são excessivamente teóricas, sobram as excessivamente construtivas. ha poucas lights e as que há, foram logo invadidas pelos GerMans, que já sabiam para onde ir. feita a selecção acho, repito, acho que vou ficar com Construções em Betao (na ultiam aula fizemos mesmo betão e testamos resistencias e td), Portas (não sei mais nada, tem só bom aspecto) e Cidade-Edificio-Casa (é mais teorica mas quem ja foi diz que é mais light), para alem de Projecto (embaixada em Nova Deli, Índia). tem sido um desafio conseguir conjugar horarios, capacidades e vontades.. mas espero ter desta ter acertado!
no fim de semana houve festa erasmus. é obvio que é sempre bom. ouvir o que pessoas novas pensam e dar Portugal a ver. Já conheço melhor a Albania, a Rep. Checa, a Roménia, a Letónia, etc. agora só falta ir mesmo.. o que à partida é um pouco impossível dada a exorbitância dos preços das deslocações, que são verdadeiramente desesperantes! é costume aqui, um dia por ano, os museus, casas de teatro e de múscia e etc estarem abertos até as 2h da manha. ora este dia foi no sábado. pela módica quantia de 15€ podiamos entrar em tudo que fizesse parte do programa e a opção de escolha era bastante alargada! o André e eu palmilhamos metade da cidade e assustimos a vários generos de coisas (incluindo o genero bom e o genero mau..) teatros experimentais, concertos, comedias em alemão muito interessantes, etc.. baldamonos categoricamente a um jantar de portugueses mas a noite foi claramente ganha! entre vinho alemão (que mais parecia petroleo) e os infinitos metros que corremos nem sentimos o que se passava fora do nosso casaco! no dia seguinte, acontecia o grande jogo de rugby. o primeiro jogo de rugby para uns, para outros o enesimo mas o primeiro pelo novo clube, para outros ainda, mais um pequeno martirio. acontece que Stuttgart B perdeu (mas com uma grande atitude) por 0-115 contra o Karlsruhe. toda a gente da minha equipa gostou e saíram de lá satisfeitos com a derrota. acho que as "vitorias morais" ja aqui chegaram apesar de não as perceber bem.. joguei o jogo quase todo e resta dizer q fiquei com um olho negro, que agora não consigo abrir a boca para comer um BigMc, que as minhas pernas parecem um campo de batalha.. mas ao menos tivemos uma grande "vitoria moral"..
por aqui o dia dura dez horas (e com obvia tendencia a diminuir) e a maxima de hj são 11 graus. qaundo chove, parece que a cidade chora. fica tudo mais cinzento e parece que se entra em tristeza sintomática. aliando isso ao frio disfarçado de ortopedista que racha os ossos a qualquer um, tudo se fecha, não se ouvi muito barulho pela rua, só o U-Bahn a passar devagarinho e o rastejar das mil folhas no chão. há uma mudança quase tão grande do sol para a chuva como do dia para a noite.
vivo num 7º andar e deixovos a minha vista (quando ainda estava bom tempo hoje)
ate já

sábado, 18 de outubro de 2008

Adaptação e Sobrevivência

2 semanas e meia passadas. sinais de adaptação mais firmes.
mal cheguei, perdido nesta cidade e neste ambiente, o meu corpo deu sinais de estranheza. noites mal dormidas, ansiedade, cabelo a caír, a barba a ficar ruiva.. curioso ver que a adaptação não se faz só na cabeça mas também no corpo e na alma. ja tenho o esquema de aquecimento montado, já domino melhor este metro que o de lisboa, já sei onde gosto mais de ir passear, já sei onde ir rezar um bocadinho, já sei algumas coisas. a adaptação vai se fazendo e apesar de todas as contrariedades, é bom! vou começando a perceber porque se diz que viver "fora de Portugal" é optimo. começar do zero e ir vendo a construção.
Poesia muito interessante mas no que toca a uma pessoa se manter viva... as vezes é preciso baixar requesitos. cozinhar em cima do joelho porque se está esganado de fome, nem sempre dá bons resultados, lavar a roupa só em desespero de causa quando não se tem mais nada lavado e depois não se ter onde secar e porque se é forreta nao por na maquina de secar tambem não é brilhante. por exemplo: arroz de feijão com atum e tomate td misturado não é uma boa receita (!), pendurar meias num estendal feito com carregadores de telemovel tambem não é brilhante (apesar de resultar) e usar o mesmo par de calças 2 semanas seguidas não é agradavel para a companhia.. nem para a própria pessoa. estou a perceber algumas das regalias que tinha em casa. e que belas regalias!
um pequeno post, uma nota solta com um episodio mais.
até já.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Erasmo de Roterdão II

Como já escrito, Erasmo estudou no seminário. as fracas possibilidades económicas aliadas à pressão normal da época "despoltavam" vocações com estranha frequência. Nunca esteve contrariado e acabou por ser ordenado sacerdote apesar de nunca ter vivido como um. a paixão pela evolução, pelo conhecimento falaram mais alto. só escreveu em latim (o que não deixa de ser uma contradição) e foi transversalmente influente na sociedade renascentista dos séc. XV e XVI. Aprofundou os estudos no Novo Testamento e aliando isso à sua paixão de globalização e idealogia humanista (que pode aprecer uma falta de coerencia) criticou a igreja: a arrogancia dos católicos e a aspiração dos protestantes. nunca se quis separar dela mas trabalhou para uma nova visão: a aproximação às pessoas ("Anseio por que o tecelão as murmure (evangelhos e epistolas) ao som de sua lançadeira, que o viajante iluda com elas a monotonia da jornada(...)"), o espírito tolerante, próximo e trabalhador ("Hoje, os bispos apenas se preocupam em apascentar-se a si próprios, deixam o cuidado do rebanho a Cristo.(...) Quantas comodidades não perderiam, se um dia a sabedoria os penetrasse").
Pelo seu estudo e reflexões sobre o NT tirou conclusões não só em relação à igreja mas em relação à sociedade em geral. observou alguns dos problemas dos Humanos e lutou contra eles. teria certamente noção da intemporalidade dos seus ditos e da condição humana vigente. "Vede quantas riquezas, honras, troféus, ofícios, dispensas e impostos, indulgências, cavalos, mulas, guardas e prazeres. Ora, tudo deveria ser substituído (...)" Elogio da Loucura
uma breve caricatura sobre mais um exemplo de pensamento esclarecido. mais capítulos para breve. até já

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Dias de tranquilidade

hj pus roupa a lavar e consegui ficar com metade das minhas tshirts brancas tingidas de amarelo.. o grave foi que nao percebi qual o problema! nao menos grave é o meu quarto estar transformado num estendal. experimentem secar roupa sem os meios fisicos para tal. é giro...
ja treino rugby assiduamente. estou na equipa B e, apesar de ja ter dado a conhecer um pouco do perfume portugues, é pouco provavel que suba para a A (só em dezembro/janeiro é que ha "transferencias internas") mas assim até é melhor, dá para castiçar um bocado tambem. no domingo temos jogo contra o Karlsruhe. dizem que vamos perder mas nunca fiando.. anda por aí uma estrela lusa!! hum... uma bola lusa quero dizer!
vou ter aulas 3 dias por semana. não fui eu que fiz o horario, eu apenas escolho as disciplinas e dps fico c o que calhar. tenho uma na 2a, uma na 3a e duas na 5a. se fizer estas disiplinas todas, faço os 30 ceditos precisos para fazer o semestre mas, diz qem experiente aqui, que é raro isso acontecer.
num passado impreciso recente fui vsitar o Weissenhof (bairro branco). este foi desenhado por uns dos mais conhecidos arquitectos modernistas como o Oud, Mies ou o Behrens. e ja consegui tambem entrar numa casa do Corbusier. finalemnte! já conheci a escola da musica do Stirling e outras mais!
mais uma vez escrevo em notas soltas (apesar de nao ser parecido com antoni0 vitorin0). mais uma vez prometo novidades e fotograifas para breve e mais uma vez prometo tecto a quem quiser.
até já!

Dia de azar

2ª feira, tambem conhecido por Montag aqui.
7h arredondadas. um ser que ninguem sabe qual andou a tocar a campainha e a bater as portas enraivecido. fez barulho, incomodou. cheguei a pensar "ena, alguma animação por aqui" mas rapidamente me irritei tb pela insistencia.
8h e pouco. depois de todo o processo matinal (vigor para alguns..) ia apanhar o elevador, como sempre. carreguei, esperei, voltei a esperar até desesperar. tinha que descer 7 andares a pé e a perspectiva de os ter q subir ao fim da tarde nao era boa..
9h e tal. faculdade. era o dia em que cada um dos 38 projectos de arquitectura ía ser apresentado pelo respectivo professor. este processo era suposto demorar ate as 16h e as candidaturas aos projectos fechavam as 17h. como eram feitas via net, nao havia problema serem em cima da hora, não havia perigo de filas.. por azar o projecto que eu queria (trabalho coneptual de habitaçoes na Palestina) foi o único a n ser apresentado. tive la +/- 6h a ouvir o que nao me interessava tanto.
16h e picos. alguns alunos vão ao centro informatico, aos PC's inscreverem-se. tudo sem problema até que a meio do protocolo é pedido o nr de matrícula. ora eu nao tinha esse numero. fui a secretaria a correr, fechada. tentei encontrar numa carta que tinha recebido da faculdade, nada. desespero. a correr enfieime no metro. um contra relogio para chegar à residencia e ver se já tinha recebido a ultima encomenda da universidade e onde deveria estar o tal desejado numero! nada. eram quase 17h, o prazo esgotava-se, o tempo ria-se de mim.
17h e raros segundos. carreguei no "enter" para enviar um mail ao coordenador de erasmus de arquitectura a dizer as minhas escolhas uma vez que nao me ocnsegui inscrever regularmente. os dez minutos seguintes foram um sufoco. que me conhece sabe-me ansioso e a vontade de ver um mail da caixa de entrada a dizer q tudo estava bem era sufocante. nada. silencio. pela minha cabeça voavam todos os cenários. "se..se.. SE...!"
18h bastantes minutos. sempre ansioso mas já conformado com a minha derrota, fui as compras. tinha uma lata de sopa e vinagre em casa para comer.. depois de la me andar a passear cheguei a caixa e... não aceitavam Visa. por sorte havia uma caixa MB la dentro. uf, que alivio. cheguei a caixa e estava fora de serviço.. resultado: uma hora traduzida num carrinho cheio de compras abandonado, à mercê de qualquer um menos de mim.
19h e muitos. em casa. lembreime que 4 dias antes tinah carregado o telemovel alemao mas que o dinheiro ainda n tinah aparecido. ía a procura do papel a confirmar que tinha feito o carregamento para ir la refilar mas... cadé?! ainda hj nao sei dele. lá desencatei uma pizza do congelador, jantei antes das 20h e so me queria enfiar na cama e que o dia passasse. pior seria impossivel.
Notas e conclusões: no dia seguinte fui enervado à secretaria perguntar o que se tinha passado. o homem acenou-me c a minha carta que tinha sido mandada de volta. "hj ou amanha ja a deve ter no correio. é que agora pusemos o seu nome no envelope!!". a carta que supostamente vinha com o meu cartao e com o desejado numero, em teoria deve-me-ia ter chegado as maos uma semana antes. no fundo, uma falhazinha humana acabara de me condicionar um semestre. este pormenor fezme nao ficar com o projecto na palestina.. e vez disso fiquei com o unico que aidna tinah vagas e com bom aspecto: uma residencia na India. entretanto os dez euros ja me apareceram no telemovel e ja fui as compras. depois de se bater no fundo só ha mm um caminho..
PS: ja recebi tudo de meu direito mas agora o meu nome esta mal escrito em TUDO. Muguel desousa Alvim. simplesmente brilhante.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sedimentação

ainda não comecei as aulas, é certo, mas já estou a ganhar alguns habitos. já sei onde ir as compras, andar de metro sem ter que olhar constantemente para a cábula, etc. algumas coisas boas até! por outro lado ja percebi que aqui se é bastante picuinhas com certos assuntos. limpeza por exemplo. já me entrou o "hausmeister" (boss do sitio) pelo andar adentro, tipo rusga surpresa, para ver se estava td impecavel. eu que sou bastante esquisitoide com o assunto achava que estava tudo bem mas não nos livramos de um bilhetinho escrito a dizer que estava tudo a precisar de uam limpeza... enfim, referências!
ontem os alunos erasmus tiveram uma apresentação pelo coordenador do departamento Sokrates da faculdade. percebemos que aqui o esquema é completamente diferente. é preciso fazer 20 creditos e é o aluno que escolhe as disciplinas. tambem é o aluno que escolhe o projecto que quer fazer e as opções não são poucas. há desde jardins de infancia a estádios de futebol... o coordenador não se cansou de dizer que esta faculdade apelava ao sentido de responsabilidade do aluno e, depois de ouvir isto umas 3 ou 4 vezes, um grupo de 6 erasmos (onde eu me incluía) resolveu ser, de facto, ser consciente e ir para as jolas. como não fiz o curso intensivo de alemão (que para alguns de muito pouco serviu) ainda não conhecia nenhum estudante mas é engraçado a abertura que se vive neste meio e ontem torneime no melhor amigo de 5 franceses. fui à residencia deles e roi-me de inveja. tudo menos composto mas tudo a conviver desenfreadamente como se nao houvesse amanha! bem giro.
hoje fui mais uma vez, mas so com 2 francesas, dar umas voltas pela cidade. explorar o desconhecido. entre frances, ingles e alemão lá fomos comunicando mas existem ainda algumas gargalhadas que escondem o desconforto que é não comunicar na perfeição. arestas a limar.amanha ha outra apresentação para a malta de erasmus para ajudar a escolher disciplinas. não há de ser facil uma vez que temos que escolher 4 ou 5 entre 100 +/-.. e só ha uma lecionada em ingles. porreiro pá!
a vida vai se compondo aqui. não tenho o panteao, a torre eiffel, o museu dos judeus ou o parlamento hungaro para ver mas tenho outros encantos.. num futuro breve ponho imagens!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Erasmo de Roterdão

Erasmo de Roterdão obviamente Holandês. O pai era padre, a mãe humilde (e ele ilegítimo). Quando morreram, Erasmo foi estudar para o seminário como íam muitos na época. Sem nunca se deixar viciar pela educação rigida, Erasmo era defensor que a Europa precisava de rensacer. O segredo residia nuam educação nova, sã, livre. Estudou, deu aulas, aprendeu e viveu pela europa fora. Teve grande influencia na igreja pelas suas amizades e crenças mas fica para outra altura este capítulo.
A Erasmo devemos estar espalhados pelo mundo e é este "erasmus" que se inclui num programa Europeu chamado "Aprendizagem ao Longo da Vida". Nao foi com certeza escolhido em vão o nome. Com gosto duvidoso mas com conteudo intressante, vale a pena pensar sobre isto e sobre a verdadeira razão de ser desta aventura. óbviamente não excluindo festanças, ficar a dormir em vez de ir as aulas e tudo o que se quer de um estudante universitario, porquê? será que a imposição do estereotipo de "erasmus" vinca? o que é, na realidade, um erasmus vencedor, que celebra da melhor maneira a oportunidade de o vivermos? tirar partido da europa e dos teus infinitos livros de conhecimento e de idade, viver na responsabilidade dos próprios actos, ser suficiente... em si, isto já é um ganho.
mal aqui cheguei percebi que ía ter bastante tempo para mim, para a cidade. tempo a mais talvez mas tempo útil. aproveitar para pensar sobre certos ponto, evoluir, conhecer.
foi só um breve apontamentosobre o que ja me passou pela cabeça

Finalmente, Alemanha!

Agora sim, a substância!
Cheguei ao aeroporto de lisboa com uma hora e meia de antecedência. tudo normal. check-in e tal. fui esperando, esperando. resultado: entrei no avião com uma hora de atraso.. o problema foi o avião se ter atrasado na alemanha. Quando aterrei, lá estava o meu amigo Mortiz Schubert (sim gosta muito de música ele) para me ir apanhar. fomos de metro até à minha residencia (o bilhete para 2 zonas custou 2€35) e, quando chegados, la me começou a falar de tudo o que tinha que fazer. fiquei branco, verde, de todas as cores. 1º porque nao percebi metade do que ele tinha dito (mas ía sempre acenando com um sorriso mt simpático) e 2º porque só olhava para o molho de papeis que tinha pela frente. seguros de saude, faculdade, passe, inscriçoes, cursos sobre estugarda, avisar as autoridades que estava em estugarda, residência, banco, um infinito número de coisas para fazer.
Não se apresentavam muito eficientes os alemãos. aviões atrasados, burocracias exageradas. efim.. nessa noite aidna fui comer uma PITA (evitem a piada...) e beber uma cervejona com o meu amigo André Dória, um Camtilico que agora trabalha para a Mercedes (mas anda de metro).
Cheguei ao meu quarto à noite para dormir e foi possívelmente das noites mais mal passadas da minha vida. não tinha nada com que me tapar e estava, obviamente, FRIO!! so no dia seguinte é que comprei lençois, toalhas, 1 garfo,faca,colher,tijela,tabua. etc. e depois la fui eu para burocracias.
na 6a feira, foi feriado p isso TUDO fechado. nao consegui tratar de papeladas mas ao menos deu apra fazer turismo por aí a pé. foi o feriado da Unidade Alemã. algo bem festejado por aqui: por essa razão, ha um festival da cerveja em Estugarda! fiqei maravilhado com aquilo. completamente ao estilo de Munique mas a uma escala mais reduzida. Alemães completamente bebados, todos a cantar e a dançar em cima dos bancos ao som da musica popular alemã. para não falar do restante gigante parque de diversões ultra XPTO. tudo isto era impecável, nao fosse 1/2 litrinho de cerveja custar 4€ regra geral. por isso as noites de maluquice não vao com certeza ser abundantes..
sabado e domingo mais turismo a pé, estugarda tem um centro fora de série. a cidade foi bombardeada e ficou bastante num caos. foi reconstruida à boa moda alemã com grande classe. espaços mesmo âmplos, que convidam a ficar sentado só a ver passar. tudo muito bem arranjado, não se vê nada sujo, os jardins tds arranjados, um regalo para os olhos. em breve ponho fotografias (ainda n comprei pilhas..). fui ainda à missa ao fim da tarde, em alemão, e não, não percebi nada. ficou a ideia apenas..
Estou a gostar muito da cidade, nunca pára, sempre com gente de um lado p outro, ha muto para se fazer por aqui! só tenho pena que a minha residência seja em Oeiras de Estugarda (estou no 7º piso e tenho vista para carcavelos) e seja meio fantasma. no meu piso ainda só vi um tipo que estuda matemática. sociavel portanto (não desfazendo os matemáticos)... o custo de vida é bastante elevado (obvio) e uma viagem de comboio de ida e volta até berlim custa tanto como eu ir e voltar de avião a portugal. impec, lol.
isto foram notas soltas sobre os meus primeiros dias em estugarda. um pouco atabalhoados, sem regra mas de agora em diante farei por ser mais organizado.
ate já, m

Antes de mais

Queridos amigos, antes de mais, só um pequeno reparo. Estou-ca.rda. se lermos rápido é Estugarda (boa) mas cuidado com as interpretações, Estugarda não pertenceu à R.D.A. mas sim à R.F.A., a parte ocidental alemã pós guerra.

Continuamos com os antes de mais e agora é dirigido a uns grandes lusos que me ajudaram a preparar o "até já, Portugal" no dia 29. uma bela jogatana de futebol seguido de um belissimo jantar e ainda um convivio em cascais. obrigado a quem pode ir e muito obrigado a quem ajudou a idealizar. Danke schon!!