domingo, 8 de fevereiro de 2009

Frankfurt e Darmstadt

O projecto de ir a Frankfurt e Darmstadt já existia há algum tempo mas foi de maneira relativamente inesperada que finalmente decidimos embarcar. 5ª num jantar-fora para quebrar a rotina decidimos no dia seguinte entrar no comboio das 18h19m em direcção a Darmstadt. O André já la viveu e não lhe faltavam amigos por lá para emprestar um tecto. A ideia era repetir o esquema de Munique e no sábado ir visitar Frankfurt deixando o domingo, com menos tempo, para Darmstadt. Já dentro do comboio um mau presságio que, contudo, não apoquentava (o entusiasmo era grande): chuva, chuva, chuva. Antes a neve mas as preces aos deuses não deram resultado. Curioso...
Ao aproximarmo-nos, diz quem já lá foi, deveria ser evidente o recorte dos edifícios mágicos no céu mas a única coisa que fomos vendo foi um pano cinzento. De quando em vez um rasgão soltava uma imagem de um gigante mas nada como nos contos, nada como dito.
Aterradados, já encharcados. Não havia folga no azar: era o fado do dia, do fim-de-semana. Comecei a procurar à minha volta o que de meu interesse mas foi complicado encontrar. Primeiro uma volta pelo centro histórico da cidade. Tipicamente alemão, sempre cuidado, amplo, as casas com estrutura de madeira à vista, a catedral neo-gótica completamente restaurada. Até aqui nada de novo mas agora acrescentemos uns dados: Arranha-Céus como pano de fundo! Nestas praças muito alemãs existe uma relação entre o antigo e o velho fora de serie. Parecem imagens trabalhadas no photoshop mas... não são! Não acreditaria se me contassem mas o contraste é tão grande que, por mais que uma pessoa vá preparado, é sempre uma surpresa.Depois de sairmos da parte original da cidade atacamos o centro recente. Tropeçar em edifícios cuja altura excede o limite do aceitável foi algo comum e eu, regalado estaria não fossem os tons cinza dos flashes. O fado continuava mas o excitamento superava a dificuldade e fomos palmilhando e descobrindo mais sedes de mais bancos mais que alemães.
Frankfurt não é uma cidade sempre fácil: com grandes confusões de zonas de comercio ou pedonais ou rodoviárias ou religiosas ou de restauração, por exemplo. Frankfurt não é sempre uma cidade bonita: é preciso encontrar os sítios de eleição e nem tudo o que é espampanante é bom mas foi uma fácil e boa visita e já posso dizer que vi um dos edifícios mais respeitáveis do mundo, pelo conteúdo (sede do ComerzBank Alemão) e pela forma (270m de altura projectados pelo Sir Norman Foster).
Voltámos para Darmstadt, encharcados, estoirados tanto física como psicologicamente (um dia a andar à chuva não é fácil) mas com umas boas imagens na cabeça! Quanto a esta cidade, não posso fazer muitos comentários uma vez que não consegui ver tudo (apesar de não ser muito) e do pouco que vi é melhor não comentar. Parece (e se calhar até é) um subúrbio de um arrabalde de uma cidade satélite.

Frankfurt: é de lá dar um salto para ver
Next stop (se tudo correr bem): Colónia
até já

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