Foram 4 dias cheios de cultura, admiração, nostalgia. Parar seria perder e ninguém quer isso, muito menos com tanto para ganhar. Esgotante a nível físico mas revigorante para a cabeça. Uns dias vitoriosos. Rendi-me.
Comecei com um passeio guiado pelos arredores do centro. Perceber a razão de determinados edifícios, perceber também o que se passa a nível emocional dos berlinenses que no meio de tantos anos de vida, sempre foram o ponto de rendevouz do mundo, normalmente por razoes não boas, quer fossem quentes ou frias. A cruz deles é a história e vivem num sentimento de culpa muito oficial com uma vontade de apagar todas as marcas antigas: encontram-se pedidos de perdão à Humanidade em muitas esquinas (p. ex. Museu dos Judeus, Reichtag, etc.) mas existe a vontade de apagar todos os vazios não só por ser espaço desperdiçado mas porque faz lembrar o sofrimento das guerras várias. Um dos espaços abandonados mais agressivos que encontrei, está mesmo perto do Memorial do Judeu: o sitio onde Hitler morreu. Este vazio é usado como parque de estacionamento enlameado, na tentativa de, calculo eu, fazer tábua rasa através do uso quotidiano para algo menor. Existe um bunker por baixo, existe O bunker por baixo, destruído, tal como muito.
Comecei com um passeio guiado pelos arredores do centro. Perceber a razão de determinados edifícios, perceber também o que se passa a nível emocional dos berlinenses que no meio de tantos anos de vida, sempre foram o ponto de rendevouz do mundo, normalmente por razoes não boas, quer fossem quentes ou frias. A cruz deles é a história e vivem num sentimento de culpa muito oficial com uma vontade de apagar todas as marcas antigas: encontram-se pedidos de perdão à Humanidade em muitas esquinas (p. ex. Museu dos Judeus, Reichtag, etc.) mas existe a vontade de apagar todos os vazios não só por ser espaço desperdiçado mas porque faz lembrar o sofrimento das guerras várias. Um dos espaços abandonados mais agressivos que encontrei, está mesmo perto do Memorial do Judeu: o sitio onde Hitler morreu. Este vazio é usado como parque de estacionamento enlameado, na tentativa de, calculo eu, fazer tábua rasa através do uso quotidiano para algo menor. Existe um bunker por baixo, existe O bunker por baixo, destruído, tal como muito.
Depois da história, segue-se a arquitectura e a descoberta de mais interesses menos turísticos da cidade. Ir a SchlesichesTor dizer Bonjour Tristesse ao edifício do Siza. Uma linha tão suave que emociona, chegando mesmo, aliando à cor, a trazer tristeza. Seguir para o agressivo Museu do Judeu do Libskind: uma aparência imponente, cheia de “qualidades” mas entrado fica o vácuo, a desilusão. É vendido como singular, claramente um preço exagerado: tristemente pobre.
Para levantar a moral, tinha em mente ir à NeuenNationalgalerie da referência Van der Rohe mas para lá chegar passei por PotsdamerPlatz: a exuberância e algum exaltamento na construção fizeram daquele espaço encolhido uma festa de sabores. Contudo, toda a gente sabe que há certos sabores que não ficam bem juntos. Extasiante mas cansativíssimo. Ainda com a galeria do Mies em mente, passei pela Opera do Scharoun, um perfeito exemplo de harmonia com formas e cores estranhas. Consegui, por fim, chegar à NeuenNationalgalerie. Posso ser suspeito pois o arquitecto em questão é uma das minhas principais referências mas se há pouco falávamos de emoções, sabores e harmonias, aqui falamos de utopia! A forma simples, a construção básica, os materiais de sempre, a linguagem intemporal, um resultado esmagador. Cada vez mais me rendo à delicadeza e à força de cada gesto.











Berlim? Para voltar!
Next Stop: Frankfurt
Até já
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